BoJack Horseman

BoJack Horseman é uma série muito promissora, que te prende na história e que sabe construir a história de uma forma competente, tanto que já foi renovada para uma segunda temporada, além de existir um easter egg com a abertura de “Horsin’ Around” e um episódio de natal do mesmo.

BoJack Horseman

Critica | Lucy

O que aconteceria se os humanos usassem 100% da capacidade cerebral?

Critica | Lucy

Resenha de Psicose, de Robert Bloch

Procurei enlouquecidamente nas livrarias e sebos durante anos e nunca encontrei! Estava prestes a desistir quando a Darkside Books decidiu republicar o título no Brasil! Viva!

As fugitivas

Neuromancer, 30 anos

Detalhes da edição especial de 30 anos de Neuromancer.

Neuromancer, 30 anos

LIVRO | Perdido em Marte

O que você faria se ficasse perdido em marte?

LIVRO | Perdido em Marte

O Iluminado, de Stephen King

O Iluminado se tornou uma das minhas obras favoritas a serem lidas durante o dia. Sim, durante o dia. Apenas.

O Iluminado, de Stephen King
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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

LIVRO | 172 Horas Na Lua, de Johan Harstad

172 Horas Na Lua é um dos recentes lançamentos da Editora Novo Conceito, parceira do blog, e conta a história de três adolescentes que são sorteados dentre milhões para viajarem à lua, durante uma expedição oficial da NASA.

Quando li a sinopse do livro, prontamente lembrei de "Perdido em Marte", de Andy Weir, livro que já tem resenha aqui no blog, e também do filme Apollo 18 (não confunda com Apollo 13, filme com Tom Hanks e que eternizou a expressão "Houston, we have a problem"), então quando recebi o exemplar, não pensei duas vezes antes de iniciar a leitura imediatamente. Então, sem mais delongas, vamos para a resenha!

A história de "172 Horas na Lua" se passa no ano de 2018 e em comemoração às cinco décadas desde que o homem pisou na lua pela primeira vez (e devido a mais um motivo obscuro de conhecimento apenas dos top top da NASA), a NASA decide levar três adolescentes na sua nova expedição à Lua, que utilizará pela primeira vez a base lunar DARLAH-2, que até então era desconhecida do mundo inteiro.

Os três adolescentes escolhidos são de origens diversas, Mia é da Noruega, Midori do Japão e Antonie da França, e com personalidades ainda mais diferentes, porém com destinos entrelaçados. 

Após a seleção, passam a receber um forte treinamento da NASA, ficam conhecidos no mundo inteiro e quando partem rumo à grande aventura de suas vidas, ao lado de profissionais qualificados, passam a ser o centro das atenções ao escreverem uma nova página na história mundial.

No entanto, chegando à lua, coisas estranhas começam a acontecer: portas se fecham sozinhas, o equipamento de energia é destruído por algo desconhecido, pessoas começam a agir de forma estranha e outras desaparecem, e quando percebemos tudo vira de pernas para o ar.

Mas o que teria causado tudo isso? A equipe pode ter esperança de voltar para a Terra? Qual o envolvimento da NASA? Qual a finalidade da DARLAH-2?

Bom, esses são questionamentos que são respondidos de forma muito rápida no livro, pois o autor economiza o suspense e despeja todas informações em curto espaço de tempo, ponto que achei negativo no livro. Outro ponto é que a construção das personagens é bastante fraca, principalmente os adolescentes, que são superficiais, embora protagonistas.

De outra mão, adorei a história de modo geral, principalmente sua vinculação com aspectos reais apresentados ao final do livro, que me causou um certo arrepio ao finalizar a história mas não evitou que eu desse apenas três estrelas na avaliação do livro no skoob.

Deixo aqui, por fim, o trailer do filme Apollo 18 (abaixo), para aqueles que ainda não o conhecem e minha recomendação de leitura de 172 Horas Na Lua para quem deseja conhecer uma história rápida e "de arrepiar", principalmente para uma maratona do horror em outubro.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Trailer | Perdido Em Marte


Eu já havia comentado aqui com vocês sobre o livro Perdido Em Marte, do escritor Andy Weir. O livro, de forma resumida, conta a história de um astronauta que, após um acidente durante uma missão, fica perdido em marte e através da ciência tenta garantir a própria sobrevivência.

Na resenha do livro (clique aqui para ler), mencionei que o livro seria adaptado para os cinemas, tendo como protagonista Matt Damon, e na direção Ridley Scott (de Alien) e, recentemente, foi lançado o segundo trailer do filme.

A adaptação tem previsão de estreia, aqui no Brasil, para 01 de outubro deste ano.



quinta-feira, 20 de agosto de 2015

LIVRO | Apenas Um Ano, de Gayle Forman

Apenas Um Ano é a continuação da história de Will e Lulu contada no livro Apenas Um Dia.

Em Apenas Um Dia, acompanhamos a história através da perspectiva de Lulu. Assim temos acesso aos seus sentimentos sobre Will, bem como os seus receios sobre a relação. Além disso, conhecendo essa única versão da história, acabamos nos inclinando a acreditar nas verdades conhecidas pela menina.

Para saber mais sobre Apenas Um Dia, leia nossa resenha, clicando aqui.

Já em Apenas Um Ano, conhecemos a história na versão de Will (nada mais justo, não?) e assim temos acesso também aos sentimentos e receios sobre Lulu e, ainda, descobrimos o que raios aconteceu depois daquela noite mágica que o casal passou juntos.

Vou evitar contar muitos detalhes da história para não estragar a surpresa do seu desenrolar, mas o que posso dizer é que o desfecho não me agradou muito, pois paramos EXATAMENTE onde o primeiro livro terminou e assim, não ficamos sabendo o futuro dos personagens.

A boa notícia é que Gayle lançou, em maio do ano passado, um conto chamado Apenas Uma Noite que conta o que acontece quando os jovens se reencontram, mas ainda não consegui encontrar uma versão em português.

Voltando à história, um dos pontos positivos é que viajar com Will é fantástico! Pois as descrições dos locais e os pequenos detalhes que Gayle nos transmite através de sua escrita são encantadores, o que, também, nos da a sensação de pertencer à história (mesmo esse fato sendo meio irônico, uma vez que Will não se sente fazendo parte de nenhum dos lugares apresentados no livro).

Outro grande ponto positivo, é que ao conhecer a história de Will, passamos a gostar do rapaz e todos os maus sentimentos deixados no primeiro livro desaparecem como num passe de mágica. De outro lado, essa abordagem trazida pela autora, automaticamente, me faz lembrar de uma tendência que vem crescendo constantemente nos últimos anos: grandes histórias contadas na visão dos vilões/não protagonistas, em que conhecemos também suas origens e motivações, como é o caso do livro Fairest Of All: a tale of the Wicked Queen e da série Once Upon a Time.

Mas de forma resumida gostei bastante desse segundo livro, muito em razão da oportunidade de conhecer uma segunda versão dos fatos e por deixar tão claro que o destino pode ser surpreendente e, até mesmo, brincalhão. Gayle Forman ganhou meu coração ao me apresentar a Will e Lulu e também ao contrabalancear a história com grandes clássicos de Shakespeare. Uma linda combinação.

Por fim, deixo aqui uma breve sinopse de Noite de Reis, obtida junto ao Wikipedia:

Noite de Reis é uma comédia sobre o amor. No reino de Illrya, o duque Orsino está apaixonado por Lady Olívia, que não o ama. Uma jovem mulher, Viola, chega a Illrya levada pelo mar após um naufrágio. Ela tem um irmão gêmeo identico, Sebastian, o qual ela acredita que morreu afogado no naufrágio. Viola se disfarça de homem, muda seu nome para Cesário, e encontra trabalho como mensageiro de Orsino. O trabalho de Viola é mandar mensagens de amor de Orsino para Lady Olívia. Olívia se apaixona por Viola (Cesário), achando que ela é um homem. Viola se apaixona por Orsino, mas não pode revelar seu amor por ele pois Orsino acha que ela é Cesário, um homem. Assim um triangulo amoroso é formado.

Enquanto isso, o tio de Olívia, Sir Toby, e sua empregada Maria, pregam uma peça no pretensioso Malvólio. Maria falsifica uma carta para fazer Malvólio pensar que Lady Olivia está apaixonada por ele. Na carta, é pedido que Malvólio se vista com meias amarelas e ligas, e sorria constantemente para ganhar o amor de Lady Olívia. Malvólio acredita na carta e segue as instruções, o que leva Olívia a acreditar que ele está louco. Levando a brincadeira mais longe, Feste, o bobo da casa, tranca Malvólio num pequeno quarto escuro como se estivesse louco.

O triângulo amoroso é resolvido pela chegada de Sebastian, o irmão gêmeo de Viola. Sebastian chega com seu amigo Antônio, que é inimigo de Orsino. Sir Andrew, amigo de Sir Toby, também está apaixonado por Olívia e, achando que Sebastian é Cesário (que Olívia ama), desafia Sebastian para um duelo. Olívia vê Sebastian e, achando que ele é Cesário, o pede em casamento. Sebastian concorda e casa com Olívia.

Enquanto isso, Antônio foi aprisionado por Orsino e, vendo Cesário, acha que este é Sebastian e roga por sua ajuda. Viola (Cesário) não reconhece Antônio e ele acredita que Sebastian o traiu. Orsino e Cesário visitam Olívia. Olívia, achando que Cesário é Sebastian, o cumprimenta como seu marido. Orsino fica furioso. Sebastian aparece e a confusão é transformada numa feliz reunião. Orsino, percebendo que Viola (Cesário) é uma mulher, constata que ele a ama, e a pede em casamento.

Há um final feliz com Olívia casando com Sebastian, Orsino casando com Viola, Toby casando com Maria e Malvólio saindo do quarto escuro.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

LIVRO | O Planeta dos Macacos, de Pierre Boulle

Quando vi que a Editora Aleph relançaria o clássico de Pierre Boulle, meu coraçãozinho quase parou, mas então vi a arte do livro e todas as minhas boas emoções foram por água abaixo (o que não me impediu de adquirir um exemplar).

Após comprar o livro e colocá-lo na estante, fiquei namorando sua lombada vermelha, que se destacava dentre tantas capas escuras, até decidir lê-lo. 

E, CÉUS, COMO ME ARREPENDI DE TER DEMORADO TANTO PARA LER!

Aquela capa meio estranha, que lembra um moleskine, é na realidade um grande atrativo na hora da leitura, pois o livro possui um tamanho muito agradável e um peso excelente, o que não me cansou nenhum pouco. Além disso, ao longo da leitura, aquelas bordas arredondadas e a textura áspera da capa foram me cativando de um jeito que agora mal posso esperar para ler outro livro com o mesmo design (aloooou Aleph!).

Quanto à história, eu esperava encontrar um enredo praticamente igual ao do filme de 1968 e de fato encontrei, mas estou até agora tentando entender o porquê das pequenas modificações no enredo da adaptação, uma vez que não são relevantes para a história. Anyway, apenas a título ilustrativo, vou elencar algumas diferenças:

LIVRO
FILME
Três pessoas (um cientista, seu assistente e um jornalista) viajam para um planeta distante, chamado Soror, muito semelhante à Terra.
Quatro pessoas (astronautas) viajam para um planeta distante, que descobrem mais tarde ser a Terra.
Chegando a Soror, o grupo se depara com um grupo de seres humanos nus.
No planeta desconhecido, o grupo também se depara com um grupo de humanos que utilizam como roupa peles de animais.
O protagonista se chama Ulysse.
O protagonista se chama Taylor.
Quando Ulysse é capturado pelos macacos, imediatamente tenta se comunicar, mas como fala um idioma diferente, os símios não compreendem de imediato a sua inteligência.
No filme, quando Taylor é capturado, é ferido na garganta, o que o impede de falar e, por consequência de demonstrar aos humanos a sua inteligência.
Soror é um planeta extremamente bem evoluído, os símios possuem aviões, carros, televisão e outros tantos equipamentos modernos.
Na adaptação, o planeta é pouco evoluído, quase primitivo.
Nova, uma das nativas da raça humana, acaba engravidando de Ulysse.
No filme, não há menção sobre gravidez de Nova.

Voltando à história, um grupo composto por dois cientistas e um jornalista viaja para um planeta distante da Terra e lá chegando se depara com um grupo de humanos agindo selvagemente e um grupo de símios extremamente evoluído e civilizado. O enredo parece bastante simples e nada aterrorizante, principalmente se nos lembrarmos das caracterizações dos personagens da primeira adaptação cinematográfica (aquela que mencionei de 1968), mas quando nos damos conta da inversão de papéis e das práticas aplicadas aos humanos, o livro se torna um grande golpe baixo.

Planeta dos Macacos (1968)
Pensem comigo: hoje, na Terra, em pleno século XXI, os testes em animais são normais. Os humanos, os grandes donos da verdade e as criaturas mais inteligentes do mundo (sic), adoram utilizar criaturas inferiores, desprovidas de vida inteligente (macacos, por exemplo), para comprovar suas teses científicas, e essa prática, por incrível que pareça, aos nossos olhos, é absolutamente normal e necessária. Esse pensamento, de forma geral, não nos aterroriza, certo?

Agora, tentem inverter a situação: Os símios, os grandes donos da verdade e as criaturas mais inteligentes do mundo, adoram utilizar criaturas inferiores, desprovidas de vida inteligente (humanos, por exemplo), para comprovar suas teses científicas, e essa prática, por incrível que pareça, aos seus olhos é absolutamente normal e necessária.

Vai dizer, é APAVORANTE, não?

E é exatamente essa a intenção do livro, abrir os olhos do leitor e realizar uma crítica à sociedade moderna de forma inteligente e sutil, utilizando como ponto fraco o maior orgulho da humanidade: sua inteligencia absoluta.

E isso tudo nos é apresentado diante de uma escrita bastante simples, com uma descrição clara dos eventos, o que diferencia o autor de muitos outros do mesmo gênero. De outra mão, a simplicidade da apresentação da história apenas aumenta o charme de seu conteúdo, porque facilita o acesso do leitor e torna a leitura extremamente rápida e prazerosa.

Então, deixo aqui minhas cinco estrelas e uma grande recomendação de leitura.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

LIVRO | Fragmentados, de Neal Shusterman


Fragmentados - Em uma sociedade em que os jovens rejeitados são destinados a terem seus corpos reduzidos a pedaços, três fugitivos lutam contra o sistema que os fragmentaria .

Unidos pelo acaso e pelo desespero, esses improváveis companheiros fazem uma alucinante viagem pelo país, conscientes de que suas vidas estão em jogo. Se conseguirem sobreviver até completarem 18 anos, estarão salvos. No entanto, quando cada parte de seus corpos desde as mãos até o coração é caçada por um mundo ensandecido, 18 anos parece muito, muito longe.

O vencedor do Boston Globe-Horn Book Award, Neal Shusterman, desafia as ideias dos leitores sobre a vida: não apenas sobre onde ela começa e termina, mas sobre o que realmente significa estar vivo.

Fragmentados, um dos lançamentos da Editora Novo Conceito, é, também, uma distopia cheia de aventura. A história se passa em um período pós guerras (até metade do livro não sabemos exatamente as motivações da eclosão da guerra, tampouco os motivos que a encerraram), em que é normal crianças serem abandonadas na porta da casa de estranhos, que são obrigados a ficar com elas, assim como é normal crianças serem enviadas para fragmentação. O fenômeno da fragmentação é outro ponto que vamos descobrindo ao longo do livro, pois temos que, ironicamente, ir juntando as peças para compreender o seu conceito e entender o seu funcionamento.

Nesse mundo pós guerras, Connor, sem saber o motivo, é enviado pelos pais para a fragmentação. De outro lado, temos Risa, uma menina tutelada pela estado, que é enviada para fragmentação, porque o Governo quer cortar despesas. E, por último, temos Lev, um menino de uma família tradicional, que é enviado para a fragmentação como dízimo (como oferenda à Deus). Os três jovens, tem seus caminhos cruzados quando estão prestes a chegar ao Campo de Colheita (local onde se realiza a fragmentação) e no meio da situação, se veem fugindo do local.

A partir da fuga, as relações entre o trio começam a se estreitar até o momento em que se separam e depois se reencontram no Cemitério (antigo cemitério de aviões, que serve de abrigo para os fragmentários foragidos). E é aqui, meus amigos, que o "vuco vuco" fica sério.

Até boa parte do livro, o leitor não tem noção da complexidade e da monstruosidade que é a fragmentação e, como dito, temos que ir juntando as peças até conseguir visualizar o quadro completo. No entanto, em um dos capítulos finais, temos uma descrição parcial do procedimento, o que não é nada agradável. 

O livro pode ser visto como uma interessante crítica social, ou pelo menos, uma crítica futura da sociedade, sobretudo no que diz respeito a supervalorização dos ideais pessoais em que relação a própria vida humana. A guerra que acontece no livro foi resultado do conflito entre aqueles que eram favoráveis ao aborto e aqueles que defendiam o movimento pró vida, sendo a guerra finalizada após o acordo que instituiu a fragmentação (procedimento que, a grosso modo, dá "um jeito" nos cidadãos indesejados pela sociedade, sem por fim às suas vidas). Assim, vemos que a necessidade da defesa dos ideais (pró aborto x pró vida) se sobressai em relação à consideração da dignidade da pessoa humana (o princípio mais defendido no mundo dos dias de hoje).

Assim, de forma geral, posso dizer que a leitura foi bastante agradável e corrida, pois sempre temos acontecimentos cheios de emoções e que ocorrem com algum propósito útil à narrativa, ou seja, os personagens vivem se ferrando, mas não à toa. De outra mão, a narrativa tem alguns alguns pontos falhos e, até certo ponto, de resolução infantil, o que não chega a ser um problema que afeta efetivamente a história. Por fim, digo que a história (que já está em fase de pré produção para os cinemas) teve um desfecho que induz a uma continuação, que espero, sinceramente, que ocorra.