A onda de conversões frenéticas de filmes para a tecnologia 3D está cada vez mais ousada, onda causada pela necessidade de grandes lucros em bilheterias (o que já está comprovado não ser verdade) ou pela necessidade de promover forçadamente uma revolução no mundo do cinema.
O mercado cinematográfico está cada vez mais aberto, qualquer um hoje em dia é capaz de fazer um filme (se terá qualidade é outra história) e qualquer bobagem deixa a mente dormente, dos pucos adeptos ao conhecimento, encantada. Por causa da necessidade de grandes produções, na realidade pela necessidade de venda, os conteúdos propostos no cinema acabam sendo, muitas vezes, fracos ou acabam caindo no comum fazendo com que surja então uma nova revolução cinematográfica.
Em 1929, o mundo estava passando por uma terrível crise econômica e o cinema era um bebê mas já estava caindo no abismo do comum e as pessoas preferiam gastar o pouco dinheiro que tinham com algo mais surpreendente ou importante. Neste momento, o cinema falado ganha força e a novidade, na realidade, a revolução, mantém o cinema vivo no maior período crítico financeiro até então.
Nos dias de hoje, a situação não está diferente. Crises financeiras são constantes, o cinema já não está tão novo assim, tem pouco mais do que 100 anos (verdade) e já estamos pra lá de acostumados ao cinema falado e ao cinema colorido (2ª grande revolução).
Então, o que nos fará continuar indo ao cinema ou assistindo filmes em casa? Pois, se o filme não tiver muita repercussão ou não tiver em seu elenco o ator da moda ou atriz da moda, são poucos os que se animam a pagar R$15,00 em UM ingresso de cinema. Para que a vontade de ir no cinema e para que a consciência não fique pesada ao pagar uma quantia absurda por um ingresso, o cinema precisa de reinventar.
A revolução inventada nos dias de hoje é justamente a tecnologia 3D, que pode ser muito bonita quando bem aplicada e original (AVATAR) ou pode ser algo tão insignificante que te faz ter certeza que o objetivo não era fazer o filme inesquecível e sim, arrancar seu dinheiro (Capitão América) e é justamente esta a sensação que é passada ao termos alguns clássicos do cinema convertidos para a tecnologia.
Só este ano tivemos convertidos para o 3D: Star Wars Episódio I, Titanic e Rei Leão, por exemplo, e nenhum deles teve qualidade relativamente boa ou que compensasse o o alto valor. Lógico, assistir no cinema o seu clássico favorito tem eu valor, mas forçar uma nova tecnologia é demais, deixando claro, novamente que o objetivo é vender, vender, vender e manter-se vendendo. Posso ser criticada pelo que falarei agora, mas prefiro ter os clássicos originais com baixa tecnologia do que clássicos com conversões grotescas.
O próximo filme da lista a ser convertido é Jurassic Park. Não sou muito fã da franquia, mas devo admitir que marcou época ao investir em tamanha tecnologia, literalmente, e ao garantir seu quase UM BILHÃO de dólares em bilheterias, mas agora me diz, sinceramente, há necessidade de ressuscitar o filme para obter mais dinheiro e ainda acabar "estragando" a boa imagem do filme? Francamente, mundo, seja criativo.
O filme estreará em 5 de abril de 2013.
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