Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

domingo, 1 de abril de 2012

Dexter: amado assassino


Banner da sexta temporada, 2010/2011

Enquanto terminava de assistir a season finale da terceira temporada de Dexter (sim, estou bastante atrasado, eu sei), algo me veio à cabeça: a psicopatia. Como ela está bastante presente na mídia nos últimos anos, principalmente nas novelas, certamente todo mundo começa a pensar se convive com um. Nada mais natural, a preocupação. E inútil também: as pessoas nunca irão saber.

A série é boa e envolvedora: cada temporada tem uma histórica única e diferenciada. Quem assiste, por sua vez, acaba virando cúmplice do serial killer Dexter, que acaba se tornando anti-herói, uma espécie de herói às avessas. Ele consegue seguir as técnicas (o Código de Harry) desenvolvidas pelo pai, que o proíbe de matar pessoas inocentes, conseguindo, parcialmente, a controlar seus instintos. Durantes minhas pesquisas, ao procurar saber a diferença de psicopatia e sociopatia, apareceu-me isso: um sociopata tem aversão à sociedade e um psicopata não, mas é um indivíduo que transgride as regras e as normas sociais, como Dexter.

Matar pessoas más, na teoria, faz dele uma pessoa boa, não faz? Ou apenas um assassino altruísta? Mas se ele mata pessoas, ele não é um monstro? A dificuldade de julgar e classificar a personagem foram sempre as coisas que mais me intrigaram. Ele tem uma vida normal, como a de qualquer outra pessoa. Constitui família, mas ainda assim continua a ser um assassino, uma pessoa fria e sem emoções.

Banner da sétima temporada, 2012/2013 
De uma forma ou outra ele achou, sempre com a ajuda indireta do falecido pai (que toma a forma da sua consciência e aparece em momentos de reflexão), um jeito de se encaixar na sociedade. O telespectador por vezes acaba tendo pena dele, que possui um transtorno de personalidade antissocial, e em outras vezes, quer que ele seja descoberto e julgado como um animal, um monstro sem coração.

Mentir acaba virando parte do cotidiano de Dexter, que precisa usar diferentes máscaras em diferentes ocasiões para esconder o seu verdadeiro ‘eu’, forçando e fingido emoções previsíveis. Na última cena do episódio 12 da terceira temporada, o protagonista, apesar de saber, respeita o segredo de sua noiva, do mesmo jeito que gostaria fizessem com ele. Tenta também, durante a segunda e a terceira temporada, ter amigos mais próximos, de modo com que pudesse se aproximar da normalidade, mas não obtém sucesso. Dexter então acaba por descobrir que é sozinho quando é ele mesmo.

Dona de diversos de recordes, a série original é um dos maiores sucessos do canal pago Showtime, senão o maior. Cada temporada conta uma história, desmembrada em exatamente 12 longos episódios (entre 51-55 minutos, sem os comerciais) cada uma. Com seis temporadas completas, foi renovada em novembro do ano passado para mais duas. A sétima temporada estreará em 30 de setembro nos Estados Unidos e ainda não tem data de estreia no Brasil. Aqui no país, é transmitido na televisão fechada nos canais FX, Liv e na aberta, pela RedeTV!.

Dexter - Preview da Sétima Temporada



Por Gabriel Johnson (@80cao)

0 comentários:

Postar um comentário