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domingo, 30 de setembro de 2012

A Sangue Frio: obra-prima de Capote


Todo mundo sabe que A Sangue Frio, de Truman Capote (Companhia das Letras, 2003, 440 páginas), é leitura obrigatória para todos os estudantes de jornalismo. Ele introduz o jornalismo literário – e o movimento new journalism – e com certeza é a matéria-prima da linha. O livro é ótimo também para quem quiser ler, pois é uma história verdadeira transformada em literatura.

Truman Capote

O livro foi escrito baseado nas investigações de uma história real: o assassinato brutal e de grande repercussão dos membros da família Clutter (pai, mãe e o casal de filhos mais novos), em uma cidade minúscula no estado do Kansas, Holcomb, nos Estados Unidos, em 1959. Os Clutter eram o modelo de família perfeita, feliz e bastante popular: o pai era fazendeiro, religioso e vivia em função da comunidade, a filha era uma ótima aluna e atraía a atenção dos garotos. A mãe, no entanto, era introvertida e possuía problemas mentais (raramente saía de casa) e o filho era recluso.

Do outro lado, dois criminosos – bem diferentes entre si – planejam o crime perfeito, que era assaltar a família. Um deles havia ouvido na prisão que havia um cofre recheado de dinheiro na casa dos Clutter. Tudo foi feito em vão: todos na cidade sabiam que o patriarca da família apenas pagava em cheques e que não guardava dinheiro em casa. Os assassinos acabaram por roubar objetos sem valor e exterminar a família. Depois de muito tempo de investigação, os assassinos Richard “Dick” Hickock e Perry Smith foram encontrados e condenados à forca.

A Sangue Frio rendeu muitos filmes tempos depois, que contam a história do autor, do crime e de ambos. Os dois primeiros - ambos intitulados A Sangue Frio – saíram em 1967 e 1996, sendo que o segundo saiu para a televisão. Truman Capote é sempre um dos personagens, não havendo como desvinculá-lo. Os outros dois, Capote (2005) e Confidencial (2006), focam, principalmente, no autor e no relacionamento dele com a história.




Por Gabriel Johnson (@80cao)

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