Billy Crystal que já havia comando a premiação outras oito vezes, isso mesmo, OITO vezes, retornou no ano de 2012 substituindo Eddie Murphy. A Academia preferiu apostar no certo do que tentar investir em novidade e acabar perdendo mais audiência, como foi o caso do ano passado com Anne Hathaway e James Franco.
Este ano, a premiação foi completamente ambientada nas décadas de 20 e 30 o que combinou e ajudou ao filme O Artista a ocupar o lugar máximo na grande noite de premiações. Há tempos que a Academia vinha tentando resgatar o glamour, a formalidade e o respeito que o evento possuía antigamente e que ao longo destes 84 anos foi se desfazendo.
Em 2009, com Hugh Jackman observaram que era possível reproduzir o evento com a qualidade que merece e sem grandes investimentos (neste ano, quase não aconteceu a cerimônia devido à crise financeira e à greve dos roteiristas). Na mesma edição, tentaram resgatar o respeito e a honra de filmes musicais, categoria que se perdeu quando os filmes falados deixaram de ser novidade, o que se tornou uma tentativa frustrada até porque de 2009 para cá o único "sucesso" foi Glee.
Voltando ao ano de 2012, como disse, mais uma vez a Academia resolveu investir no certo e no clássico, primeiro por chamar Billy Crystal, segundo por ambientar a premiação nos anos 20/30, terceiro por consagrar dois filmes que homenageiam o cinema clássico e quarto, por dar o prêmio de melhor ator a um ator francês (para os que não sabem, na França que os primeiros filmes foram reproduzidos). Será que podemos esperar um ano com filmes que resgatam a pureza e a qualidade dos clássicos? Ou a campanha morrerá na praia como vem acontecendo?
Como todos já devem estar carecas de saber, os dois grandes vencedores da noite foram A Invenção de Hugo Cabret e O Artista, o primeiro recebendo cinco prêmios técnicos e o segundo, recebendo também cinco prêmios, dentre eles os mais cobiçados. Não havia dúvidas de que os dois seriam os melhores da noite devido a qualidade infinitamente superior e, é claro, devido à combinação com a campanha deste ano.
As apostas que os maiores críticos de cinema mais tinham como certas eram as de melhor ator e melhor atriz para George Clooney e Viola Davis, respectivamente, no entanto, como disse desde o início, nenhum dos dois ganharia, uma vez que os prêmios pertenciam à Jean Dujardin e Meryl Streep. Mais uma ressalva que deve ser feita é com relação à categoria de melhor música: os Muppets apenas ganhou porque a música era a menos pior entre os dois únicos indicados (obs. apenas dois filmes foram indicados porque os outros pré-indicados não atingiram a média 8,5 exigida pela Academia para concorrer em alguma categoria).
Resumindo, a noite não foi de grandes surpresas, seguiu o padrão das premiações que antecederam o evento, consagrou o bom e o justo e deixou mais uma vez Martin Scorsese a ver navios ao ter seu filme recebendo grandes prêmios e ele não recebendo (como de praxe) o prêmio de melhor direção.
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