Como uma produção
independente pode fazer sucesso? Pouca gente sabe responder a essa pergunta. Se
soubesse, não seria uma produção independente. Eu acho. Mas o que o filme “500
Dias com Ela” (500 Days of Summer, 2009) acabou fazendo, com certeza é sucesso.
E duradouro.
A película é de 2009, mas o
sucesso perdura até hoje. O enredo original talvez seja a principal diferença
deste filme. Normalmente os clássicos hollywoodianos apresentam finais felizes,
após todos os dramas em que os protagonistas passaram. Acabaram por ficarem
juntos e é isso aí. Em “500 Dias Com Ela”, no entanto, foi diferente.
O filme conta a história
de um homem, Tom (Joseph Gordon-Levitt), morador de Los Angeles. Sua vida até
então era normal, sem grandes desafios. Monótona. Até que ele conhece a nova
assistente de seu chefe, Summer (Zoey Deschanel). Eles acabam por se
descobrirem compatíveis. Tom acaba se apaixonando por Summer. Ela não.
Apesar das idas e vindas,
eles ficam junto durante um tempo. Até que não mais. O desfecho, no entanto,
não a mostra se apaixonando por ele. Pelo contrário, ela acaba deixando o
protagonista, que entra em profunda depressão. Até que encontra outra pessoa a
quem dá uma chance.
Desculpe se acabei por
contar o final, mas foi preciso. O personagem que foi deixado pela “namorada” acaba
aprendendo lições de vida úteis. Não é a mesma coisa que acontece na realidade?
Ouso dizer que é um dos poucos filmes que retratam a realidade tal qual ela é,
e não as nossas fantasias e desejos projetados.
O filme conta com uma
trilha sonora impecável, quase inteira de rock independente e alternativo. Há
um pouco de folk rock também. Por esse motivo, acaba agradando adeptos deste
estilo musical. E adolescentes comuns que já passaram pro algum amor não
correspondido. Com certeza acontece com todo mundo, mas o cinema de um modo
geral mostra apenas estórias felizes, acabando por iludir as pessoas. Claro, principalmente
crianças e adolescentes, mas adultos também.
Outro clássico que fez
bastante sucesso pelo final triste e se distanciou dos demais, foi “Casablanca”,
de 1942. Setenta anos depois, as histórias acabam por não mudar, como a vida e
as relações sociais.
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