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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Livro | O Inferno de Dan Brown


Enquanto aguardávamos (e continuamos a aguardar) notícias sobre o filme do ótimo "O Símbolo Perdido", os milhares de fãs de Dan Brown estavam extrapolando os limites da ansiedade aguardando o lançamento da mais nova aventura de Robert Langdon.

Dentro deste contexto, uma coisa é certa, todos nós sabemos que Dan Brown é um fantástico escritor e um maravilhoso pesquisador histórico, agora, que ele poderia se perder dentro do próprio enredo é uma terrível novidade e é exatamente isso que acontece em "Inferno".

A história começa de uma forma intrigante, apesar de levemente clichê. Robert Langdon acorda em um hospital, com um ferimento na cabeça e sem lembrar de absolutamente nada referente à sua atual visita à Florença. Como já é de se esperar, uma série de coisas estranhas e misteriosas começam a acontecer, deixando tanto Langdon quanto o leitor ansiosos (este é o maior ponto positivo do início do livro), no entanto o exagero em relação à valoração de um simples professor, ainda que muito competente, e a tentativa de sua equiparação à um super herói são os piores aspectos do livro, aspectos, inclusive, que vem sendo insistidos nas últimas histórias.

Vale uma ressalva neste livro, a qual que cabe igualmente à todos de Dan Brown, o autor consegue com maestria descrever minunciosamente fatos, aspectos e inclusive detalhes dos locais em que a história é ambientada, criando assim uma atmosfera única de imediato teletransporte do leitor para dentro do enredo.

Voltando à história, Langdon passa a ser perseguido pelo Governo Italiano (ou pelo menos pensa ser) e com a ajuda de Sienna Miller, uma talentosa jovem médica que, pasmem, a qual conhece quando misteriosamente sofre um atentado no hospital e por ela é salvo, a escapar durante TODO o livro.

Sim, Robert Langdon passa o livro inteiro fugindo e ENGANANDO um exército treinado rigorosamente.

Ok. Foco.

Enquanto Langdon e sua mais nova fiel escudeira fogem, uma história paralela é contata, como de praxe. A identidade do personagem principal do "lado b" é ocultada durante boa parte do livro (talvez mais uma tentativa de fazer mistério, não sei), porém, ainda que igualmente fracassada, a história que o circunda traz um pouco mais de mistério.

Nessa segunda história, apenas sabemos que o personagem misterioso é uma pessoa influente, de grandes posses e que contrata os serviços de uma empresa especializada em 'ocultação de pessoas vivas', ou melhor, contrata a empresa para que possa sumir do mapa para poder colocar em prática o seu plano que SALVARÁ A HUMANIDADE.

O tal plano também é omitido até às últimas páginas, porém, como em todos os livros, o autor dá dicas tanto ao leitor quanto à Langdon e aos poucos vamos entendendo a mente doentia, ou não, do personagem. As pistas deixadas pelo autor através do personagem são relacionadas ao secular livro "A Divina Comédia", de Dante Alighieri, principalmente em relação a primeira parte, intitulada Inferno, a qual da nome ao livro em discussão.

De forma resumida e tentando ao máximo ocultar spoilers, posso dizer que Inferno é uma decepção agradável, ou seja, ao mesmo tempo em que a história se perde em círculos cheios de falhas, o autor recompensa o leitor com incríveis descrições e, sobretudo, compartilha de uma forma muito inteligente aspectos até então inobservados pelos leitores menos atentados das obras mencionadas ao longo do livro. Enfim, Inferno é, dentre as aventuras de Langdon, de longe a menos "convincente", mas não deixa de ser boa, afinal, estamos falando de Dan Brown, aquele conhecido incansavelmente como "o aclamado autor de O Código Da Vinci", como se este fosse seu melhor livro.

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