Nunca
fui de assistir a um filme e argumentar “ah, mas o livro é bem melhor”. Nem
nunca serei. É indiscutível que no livro as coisas possam ser mais extensas e
detalhadas que numa produção cinematográfica. Entendo também que o esforço que
o roteirista precisa fazer para contar uma história de 400 ou 500 páginas em
duas horas.
Muita
coisa fica de fora. Isso eu entendo. Mesmo assim, existem alguns roteiristas
que conseguem se superar, e fazem adaptações brilhantes. Mesmo que condensadas,
não perdem a riqueza dos detalhes e da história que somente um livro pode
trazer. Infelizmente, esse não foi o caso de Percy Jackson e o Ladrão de Raios.
Apenas recentemente, tive o prazer de ler o livro (anos atrasado, estou
sabendo) e fui rever ao filme – que é de 2010 –, para ter uma outra impressão.
O
elenco é bom e tem potencial. Os efeitos são igualmente bons e relevantes.
Muita coisa ficou de fora, obviamente. Coisas cruciais. Não obstante, a
história foi completamente desfigurada. Sim, totalmente alterada da ideia
original. Não sei por qual motivo, mas até o deus errado saiu como vilão. As
diferenças iniciam logo na primeira cena do filme, o que é uma pena. É uma
tristeza, pois a trama continuaria interessante se ficasse do jeito que foi
escrita por Rick Riordan.
A
leitura da saga Percy Jackson é gostosa, rica em história e detalhes, num mundo
ficcional em que mortais e deuses gregos coabitam o planeta. Tenho medo do que o
restante dos filmes da saga possa proporcionar. Para quem não se importa com
isso, o filme é tranquilo de se assistir e a história é comum. Pontos para
Logan Lerman que, ao que parece, tem um futuro brilhante em Hollywood.
Por Gabriel Johnson (@80cao)
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