Quem
assiste ao filme argentino Medianeras: Buenos Aires da Era do Amor Virtual, tem
um experiência interessante. As duas personagens principais, Martin e Mariana,
são pessoas parecidas. Ambos são solitários, cheios de medos e manias,
depressivos, perdidos e se adaptando no meio de uma metrópole como Buenos
Aires, precisam lembrar-se a todo instante que não estão sozinhos.
O
filme nos leva a questionar sobre vida cosmopolita, amor e relacionamentos
(quase sempre virtuais e distantes) e valores humanos, como o individualismo. A
obra dá um panorama do mundo atual, vivido num ambiente urbano, concretado,
diverso, globalizado, individual e que carece de calor humano.
No
final das contas, todos temos um pouco de Martin e Mariana. E a cidade, está
cheia de metáforas (bonitas ou não, como a das medianeiras dos prédios ou
arquitetura como vilã) que passam despercebidas por causa da nossa constante
pressa, nossos medos e inseguranças, nosso individualismo e a frieza de nossos
relacionamentos e diálogos.
O
filme, apesar de parecer meio parado a princípio, é uma boa reflexão e é um
forte candidato a virar um cult do cinema. A obra é dirigida por Gustavo
Taretto e protagonizado por Javier Drolas e Pilar López de Ayala. Ouvir um
sotaque castelhano ou invés do americano de vez em quando vale a pena!
Por Gabriel Johnson (@80cao)
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