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domingo, 30 de março de 2014

Medianeira: aquela parede cega

Quem assiste ao filme argentino Medianeras: Buenos Aires da Era do Amor Virtual, tem um experiência interessante. As duas personagens principais, Martin e Mariana, são pessoas parecidas. Ambos são solitários, cheios de medos e manias, depressivos, perdidos e se adaptando no meio de uma metrópole como Buenos Aires, precisam lembrar-se a todo instante que não estão sozinhos. 

O filme nos leva a questionar sobre vida cosmopolita, amor e relacionamentos (quase sempre virtuais e distantes) e valores humanos, como o individualismo. A obra dá um panorama do mundo atual, vivido num ambiente urbano, concretado, diverso, globalizado, individual e que carece de calor humano.

No final das contas, todos temos um pouco de Martin e Mariana. E a cidade, está cheia de metáforas (bonitas ou não, como a das medianeiras dos prédios ou arquitetura como vilã) que passam despercebidas por causa da nossa constante pressa, nossos medos e inseguranças, nosso individualismo e a frieza de nossos relacionamentos e diálogos.

O filme, apesar de parecer meio parado a princípio, é uma boa reflexão e é um forte candidato a virar um cult do cinema. A obra é dirigida por Gustavo Taretto e protagonizado por Javier Drolas e Pilar López de Ayala. Ouvir um sotaque castelhano ou invés do americano de vez em quando vale a pena!


Por Gabriel Johnson (@80cao)

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