Confesso que quando vi esse livro na livraria logo pensei "bah, um livro onde o vilão é o protagonista! Fantástico", mas quando comecei a leitura, percebi que não era bem assim.
A história, na realidade, acompanha um suposto assassinato a ser investigado pela policial Maria Kallio, uma finlandesa que ainda está a procura de seu lugar ao sol e que, sem querer, esbarra no trágico evento.
Um grupo de jovens participantes de um coral decidem se reunir durante o final de semana na casa de Jukka para ensaiar, porém, no dia seguinte, acabam encontrando-o morto, boiando no mar. A partir daí as teorias têm início. De imediato as investigações sugerem morte acidental: o jovem teria bebido além do limite razoável e escorregado sobre as pedras próximas ao mar. Em um segundo momento, após a perícia, descobrem ferimento incompatível com uma simples queda. Mas então, quem dentre os jovens amigos teria agredido o dono da casa? E quais os motivos? O que de fato teria acontecido?
"Meu Primeiro Assassinato" desenvolve a história de forma bem mediana, acompanhamos as idas e vindas da novata policial, que ao longo de toda a trama é manipulada pelo(a) assassino(a) ou assassinos, de forma quase digna de pena. Ao final da história, ficamos esperando um grande desfecho, algo que amarre todas as pontas e justifique as cansativas voltas dadas pela protagonista, no entanto, o crime se resolve com base apenas nos acontecimentos finais, dando a sensação de que o restante não passou de enrolação. De outro lado, o leitor ingênuo encara ao lado da policial as pistas relevantes e as falsas, sendo instigado pela dúvida e pela curiosidade a buscar pela solução do crime.
Assim, o primeiro livro da série que acompanha as investigações de Maria Kallio, apesar de provocar a necessidade da descoberta do(a) assassino(a) e suas motivações, tem o seu desenrolar bem fraco e incompatível com o trabalho de uma autora que escreve há mais de 40 anos.
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