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domingo, 28 de outubro de 2012

E Nao Sobrou Nenhum


Não sei vocês, mas entre Sir Arthur Conan Doyle e Agatha Christie, fico com a última opção. As estórias da autora inglesa, a meu ver, são mais instigantes e misteriosas que as Sherlock Holmes, rei da dedução, por exemplo. Uma de suas obras mais famosas, O Caso dos Dez Negrinhos (And Then There Were None, anteriormente conhecido como Ten Little Niggers), foi publicada em 1939 e republicada muitas vezes desde então, nos mais diferentes idiomas.

A estória é tensa. Oito estranhos foram atraídos para uma mansão numa ilha deserta por um casal misterioso por diferentes razões. Ao chegarem à ilha, foram recebidos por dois empregados que os informaram que deveriam esperar mais alguns dias pela chegada do casal anfitrião. Durante o jantar, um gramofone começa a tocar fazendo acusações de assassinato a cada um dos que ali estavam – uma delas era falsa, entretanto. Atordoados, buscam informações sobre o casal com os empregados, que disseram que nem os conheciam.

Eles então decidem ir embora pela manhã, mas não contavam com o mar agitado. Ou seja, estavam presos pelo simples fato de que o barco não poderia chegar até o local. Esperando o mar se acalmar, um a um acaba sendo assassinado conforme um antigo poema muito conhecido, emoldurado em todos os quartos dos hóspedes. Conforme as coisas vão acontecendo, os dez hóspedes acabam por entender que um entre deles deve ser o assassino, uma vez que não há a possibilidade de outra pessoa estar na ilha. O final bombástico confere ao livro a surpresa esperada.

Diversas adaptações foram realizadas para o cinema com os nomes And Then There Were None, em 1945 e 1974, e Ten Little Indians em 1965 e 1989. Muitas outras películas foram produzidas baseadas na história como as versões indianas Gumnaam (1965) e Game (2011), a italiana 5 Bambole Per La Luna d’Agosto (1970) e as americanos Identity (2003) e Devil (2010).

Assisti a versão russa, de 1987, intitulada ‘Desyat Negrityat’, por um simples motivo: é a mais fiel à história do livro de Agatha Christie. De todas as versões, é a única que preserva o final, o nome dos personagens e o local da história. Apesar dos atores russos, o filme é o que melhor ilustra a obra da autora inglesa, com todos os seus elementos. Condensado em 2h10min, só surpreende mesmo no final, quando o assassino é descoberto, bem como suas razões. Para quem gosta de mistério, tanto o livro quanto o filme russo são bastante indicados.

Por Gabriel Johnson (@80cao)

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