Quem já assistiu Os Miseráveis na Broadway e gostou,
certamente gostará deste filme. A adaptação da peça de Victor Hugo para as
telonas do mundo rendeu as mais diversas críticas: de ruim a boa, de maravilhosa
a péssima. É isso que é intrigante no filme: como a ópera, ele é 100% cantado,
quase não havendo diálogos. Ou seja, duas horas de cantorias intermináveis
sobre coisas triviais, como “Estou caminhando” ou ainda “O que devo fazer”.
O cenário – muito bem
reconstruído, bem como os fabulosos figurinos do elenco – é a Revolução
Francesa, no século XIX. O personagem de Hugh Jackman – que tem atuação
mediana, apesar da ótima voz para cantar –, Jean Valjean, é preso após roubar
um pão. O tempo passa, o personagem se ergue, passa por muitas situações e,
mesmo assim, precisa tenta fugir do inspetor Javert (Russel Crowe). Russel
Crowe teve certa dificuldade para adaptar-se ao gênero, cantando de forma não
muito satisfatória. Talvez a revelação tenha sido Anne Hathaway, que encantou
plateias do mundo inteiro com interpretações como “I Dreamed a Dream”, dentre
outras.
Quem não amar o filme, irá
odiá-lo, do início ao fim. E certamente sairá dos cinemas cantando como se
estivesse falando. Sensação esta, óbvia e certeira. Há aqueles que irão sofrer
de tédio e ódio durante duas horas ininterruptas e outros que irão se deliciar
ao som das músicas e não verão o tempo passar. Outros sairão das salas sem saber
se gostaram ou não, completamente indecisos do que acabaram de assistir.
Além dos supracitados,
atores e atrizes como Amanda Seyfried, Helena Bonham Carter, Sacha Baron Cohen e
Eddie Redmayne também compõem o elenco. Amanda sabe cantar, como todos já
sabem. Sacha e Helena formam um casal trambiqueiro que dá o que rir enquanto Eddie
tem pouca expressão durante a película.
Le
Mis estreou no Brasil
no dia 1º de fevereiro, mas teve sua premiere em
dezembro de 2012, em Londres. Em janeiro, estreou nos cinemas britânicos. Com
orçamento de 61 milhões de dólares, já rendeu mais de 140 milhões de dólares. Fato
é que quem não está familiarizado com a ópera ou com a obra de Victor Hugo,
certamente terá visões limitadas deste tributo.
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