Quando o filme Atividade
Paranormal do diretor Oren Peli estreou nos cinemas comerciais, em 2009, a
ideia fez sucesso. O filme já havia sido exibido em 2007, no Screamfest Horror
Film Festival, em Los Angeles. Com atores pouco conhecidos e um baixo orçamento
(15 mil dólares, aproximadamente), o filme possuía uma fotografia diferente,
sem câmeras normais do cinema: todo o filme foi gravado por filmadoras de mão manuseadas
pelo elenco e câmeras de vigilância instaladas para flagrar a atividade paranormal
que a família sofria após se mudar.
O telespectador participou
do filme muitas vezes em primeira pessoa e também ao estilo Big Brother, se
assustou junto com o escasso elenco e ficou apreensivo e na expectativa da
alguma acontecer. A fórmula funcionou. O filme não chega a ser considerado
terror, talvez suspense. Rendeu mais de 200 milhões de dólares em todo mundo e,
comparado com o orçamento, foi um blockbuster.
Assim como todo sucesso, o
formato vem sendo explorado comercialmente ao máximo e a cada novo ano, uma
nova parte da franquia chega às telonas. Atividade Paranormal 2 estreou em 2010
já com um orçamento de 5 milhões de dólares, o que para já descaracterizou a
ideia, apesar de que para os parâmetros de Hollywood, continua ser considerado
um filme de baixo custo. Muitos diretores passaram desde então pelas sequências
– a terceira parte chegou em 2011 e a quarta em 2012, com histórias diferentes
se passando antes e depois do enredo do primeiro filme.
A sequela mais nova,
Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal, estreou em janeiro deste ano e
trouxe uma história de possessão numa colônia latina na Califórnia. Segue a
mesma linha dos demais e já está cansando. Um quinto filme está previsto para
outubro deste mesmo ano.
Percebe-se que a franquia
está sendo explorada demais. Ao todo, mais de 750 milhões de dólares já foram
arrecadados com toda a franquia, a um custo de menos de 20 milhões e é por isso
que vai ser difícil que a Paramount largue o osso e enterre a franquia de vez.
Quanto mais filmes da série lançam, menos interessantes e assustadores eles
ficam.
A ideia foi genial, pois
não traz muitos efeitos. A história também não é muito trabalhada, mas o
formato é único. As críticas foram aumentando e o conceito caindo a cada novo
filme. Já dizia minha querida vó: tudo em excesso faz mal.
Por Gabriel Johnson (@80cao)
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