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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Atividades Descontroladas

Quando o filme Atividade Paranormal do diretor Oren Peli estreou nos cinemas comerciais, em 2009, a ideia fez sucesso. O filme já havia sido exibido em 2007, no Screamfest Horror Film Festival, em Los Angeles. Com atores pouco conhecidos e um baixo orçamento (15 mil dólares, aproximadamente), o filme possuía uma fotografia diferente, sem câmeras normais do cinema: todo o filme foi gravado por filmadoras de mão manuseadas pelo elenco e câmeras de vigilância instaladas para flagrar a atividade paranormal que a família sofria após se mudar.

O telespectador participou do filme muitas vezes em primeira pessoa e também ao estilo Big Brother, se assustou junto com o escasso elenco e ficou apreensivo e na expectativa da alguma acontecer. A fórmula funcionou. O filme não chega a ser considerado terror, talvez suspense. Rendeu mais de 200 milhões de dólares em todo mundo e, comparado com o orçamento, foi um blockbuster.

Assim como todo sucesso, o formato vem sendo explorado comercialmente ao máximo e a cada novo ano, uma nova parte da franquia chega às telonas. Atividade Paranormal 2 estreou em 2010 já com um orçamento de 5 milhões de dólares, o que para já descaracterizou a ideia, apesar de que para os parâmetros de Hollywood, continua ser considerado um filme de baixo custo. Muitos diretores passaram desde então pelas sequências – a terceira parte chegou em 2011 e a quarta em 2012, com histórias diferentes se passando antes e depois do enredo do primeiro filme.

A sequela mais nova, Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal, estreou em janeiro deste ano e trouxe uma história de possessão numa colônia latina na Califórnia. Segue a mesma linha dos demais e já está cansando. Um quinto filme está previsto para outubro deste mesmo ano.

Percebe-se que a franquia está sendo explorada demais. Ao todo, mais de 750 milhões de dólares já foram arrecadados com toda a franquia, a um custo de menos de 20 milhões e é por isso que vai ser difícil que a Paramount largue o osso e enterre a franquia de vez. Quanto mais filmes da série lançam, menos interessantes e assustadores eles ficam.


A ideia foi genial, pois não traz muitos efeitos. A história também não é muito trabalhada, mas o formato é único. As críticas foram aumentando e o conceito caindo a cada novo filme. Já dizia minha querida vó: tudo em excesso faz mal.



Por Gabriel Johnson (@80cao)

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