Mesmo que
eu não seja um fã fanático do Johnny Depp – como conheço muita gente que é –, é
inegável seu talento diante das câmeras. Muito jovem, iniciou a carreira em
1984 em um filme de terror (A Nightmare on Elm Street) e veio conquistando fama
desde então.
Em 2001,
estrelou Do Inferno (From Hell), como o sensitivo inspetor da polícia inglesa Frederick
Abberline, viciado em ópio que investigava os assassinatos das prostitutas
realizados por Jack, o Estripador na região de Whitechapel, na Londres de 1888.
O filme foi baseado na história em quadrinhos homônima e tem também Heather
Graham e Robbie Coltrane também no elenco.
Durante a
sequência de duas horas, a fotografia e a cinematografia conseguem ser
impecáveis. As cenas fortes levemente mostradas aliadas às cores fortes e
opacas – normalmente vermelhas, associando ao sangue e ao terror – conseguem
envolver o telespectador com o suspense conforme os crimes vão sendo consumados
e a trama descoberta, aguçando a curiosidade de quem assiste. A reviravolta do
desfecho também é digna de elogios, apesar de um pouco comum no cinema.
De acordo
com o Netflix, a classificação etária é de 18 anos, mesmo eu achando totalmente
desnecessário. As cenas mais fortes não assustaram nem mesmo meu irmão de quase
14 anos, mesmo que ele tenha tido um pouco de dificuldade de fazer as conexões
psicológicas da trama que o envolvia como envolvia a todos que assistiam comigo.
O filme é
uma boa pedida, mesmo que Johnny Depp não consiga expressar muitas emoções, o
que é aceitável, pois, na história, o inspetor perdeu a mulher, se jogou ao
vício do ópio e está enfrentando o maior desafio de sua carreira. Some-se isso
ao fato de estar apaixonado por uma prostituta, possível vítima de Jack. O ar
de amargura acompanha o personagem até o fim do filme e poucos sorrisos são
vistos em sua face. O sotaque britânico forçado de Heather, que interpreta Mary
Kelly, consegue superar o de Depp facilmente.
Por Gabriel Johnson (@80cao)
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