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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

BoJack Horseman


Iniciando muito bem, irei falar de uma série que me viciou ano passado: BoJack Horseman. Nesta série animada criada por Raphael Bob-Waksberg e publicada pela excelente Netflix, somos levados ao mundo das celebridades e da high society de Los Angeles, onde os animais são antropomórficos e convivem tranquilamente com os humanos, com suas relações interpessoais (e até amorosas) como um todo, mas ainda tendo suas características comuns (pássaros voam, cachorros não gostam de carteiros, assim por diante).

A série se concentra em Bojack Horseman (Will Arnett, de Arrested Development), um cavalo ator em decadência, frustrado com a atual condição de vida, onde é conhecido apenas pelo seu papel na comédia dos anos 90 “Horsin’ Around”, na qual ele lembra com estima e é pego frequentemente vendo episódios aleatórios. BoJack crê que escrever uma biografia lhe trará de volta a atenção e o carinho do público há muito tempo perdida.

O protagonista vive com Todd Chavez (Aaron Paul, de Breaking Bad), amigo preguiçoso e parasita que acaba se mudando após fazer tudo de errado em sua vida. Pouco se sabe sobre a sua vida antes de morar com BoJack, mas sabe-se que sente muito apreço pelo mesmo e apesar de este considerar Todd um grande vagabundo, estão juntos em todas os acontecimentos.

Conhecemos também Princess Carolyn (Amy Sedaris), uma gata persa que é sua agente e ex-namorada. Acredita que é a melhor do ramo, mas apesar de competente e focada em sua carreira, se deixa levar pelos problemas de BoJack, que acaba por atrapalhar frequentemente seus negócios.

Após o total fracasso em tentar escrever seu livro, Bojack contrata Diane Nguyen (Alison Brie, de Community) uma Ghost-Writer descendente vietnamita culta e que se mostra alheia a todo glamour de Hollywoo (escrito assim mesmo, vejam a série e entenderão) que após seu competente trabalho sobre Secretariat (cavalo de corrida e herói de BoJack) ganha a oportunidade. Ela é namorada de Mr. Peanutbutter (Paul F. Tompkins), um cachorro também ator. Ele é aparentemente mais bem-sucedido e bem relacionado socialmente (Hey Erica! De novo, vejam e entenderão), o que acaba gerando um ódio por parte de BoJack, que não é recíproco, pois Mr. Peanutbutter é leal e admirador do mesmo e o considera quase como um irmão.

Além dos personagens principais, temos presenças secundárias muito bem retratadas, como Sarah Lynn (Kristen Schaal, de 30 Rock), atriz disfuncional, viciada em drogas e brigas, ex-colega de série de BoJack, que a vê como uma filha, Pinky Penguin (Patton Oswalt, de Two and a Half Men), pinguim editor falido que depende do sucesso do livro de BoJack para manter a empresa e Herb Kazazz (Stanley Tucci, de Um Olhar no Paraíso e O Diabo Veste Prada), criador de “Horsin’ Around” e ao que parece, uma pessoa que não tem uma boa relação com BoJack.

A série recebeu críticas mistas. Como pontos positivos é destacado seu foco nos detalhes, como o fato de não existirem animais não antropomórficos, além de seu humor adulto no melhor estilo Seth MacFarlane (Family Guy, American Dad) e a abordagem na qual é retratado o mundo artístico. Como pontos negativos, sua falta de aprofundamento nos pontos críticos e dos próprios personagens a volta de BoJack.

BoJack Horseman é uma série muito promissora, que te prende na história e que sabe construir o enredo de forma competente, tanto que já foi renovada para uma segunda temporada. Ainda existe um easter egg com a abertura de “Horsin’ Around” e um episódio especial de natal da série.

É apenas mais um dos muitos acertos da Netflix.

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