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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O Artista (The Artist)


Há tempos não observava em único filme tantas características magicamente rudimentares do cinema. O Artista resgata a alma perdida da 7ª arte, dramático, não? mas o filme transborda sensibilidade e usa todas as ferramentas usadas antigamente para expressar de forma extraordinária as ideias e os sentimentos quadro a quadro.

Na história, temos George Valentin um mestre do cinema mudo, cheio de charme e fãs, enfrentando uma terrível crise que engloba desde problemas econômicos até problemas morais. A história acontece entre 1927 e 1932, época da ascensão do cinema falado, decadência do cinema mudo e para completar a queridíssima crise econômica (quebra da bolsa de valores de New York). George é defensor do cinema mudo e recusa a alistar-se ao time da nova onda cinematográfica, o que resulta em seu declínio. Pouco antes de toda crise iniciar, George conhece Peppy Miller e a ajuda a conquistar espaço no cinema. Com o início do cinema falado, Peppy se transforma no maior ícone da nova era cinematográfica, tudo que George fora.

Como disse, o filme transborda sensibilidade justamente porque explora as interpretações que não envolvam a fala o que faz com que nossos sentidos se dediquem a observar todos os elementos não valorizados que estamos acostumados a assistir e que por várias vezes nem fazem parte da elaboração dos filmes atuais. Um filme é feito com muito mais do que uma sequência de palavras bonitas ou um elenco capa de revista, a arte está na construção e na beleza do que cada item que o compõe representa.

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