Woddy Allen com sua maravilhosa façanha de transformar filmes aparentemente "água com açúcar" em curiosas obras de arte, trouxe ao filme Meia Noite Em Paris, este perfil interessante.
Como disse, o filme aparenta ser mais um filmezinho sem tempero algum: um escritor frustrado, hoje cineasta, que viaja a Paris com sua noiva, o sogro e a sogra e aproveita o tempo para pensar na vida.
Uaaau. Buuuut...
Ooh Wait! É um filme de Woody Allen, deve haver algo de diferente! E, realmente, há. Enquanto pensava na vida, ou seja, enquanto pensava em tudo que poderia ter sido e feito se tivesse seguido a carreira de escritor, Gil (Owen Wilson), se transporta, de corpo e alma (ele sinceramente acredita) aos períodos da história em que seus escritores favoritos viveram, alimentando ainda mais seus devaneios e o desejo de seguir os passos de seus ídolos.
Como é de se esperar, o filme traz uma abordagem sensível, assim como a arte desempenhada por todos os escritores e artistas homenageados na película, porém não agrada a todos, principalmente àqueles que são mais "pé no chão" e não entendem ou não aceitam a metáfora trazida na história.
Para os que não entenderam, a viagem de Gil é uma viagem aos seus mais profundos sentimentos e pensamentos, incentivada e inspirada pelos ares de Paris. Uma viagem interessante que instiga o personagem a debater com todos os grandes nomes da arte que vivem dentro de sua cabeça sobre suas próprias convicções adormecidas e ou mascaradas.
Enfim, não me canso de dizer, arte é sensibilidade e cinema é arte, logo, cinema é sensibilidade e Woody Allen traz de forma pura e aparentemente sem graça a mais direta constatação desta frase.
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