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domingo, 29 de julho de 2012

Política + televisão: assunto sério (ou não)

Dando continuidade às séries de assuntos sérios, hoje falo um pouco sobre os seriados políticos que fazem ou fizeram sucesso. Engraçados ou não, este tipo de programa de televisão muita vezes acaba chamando pouca atenção do público. Isso acontece devido ao desinteresse da população brasileira – ou outra qualquer – em assuntos sérios, como política e economia. Não os tiro a razão, muitas vezes é difícil de compreender e com a educação que temos hoje, isso dificilmente aconteceria.

Na semana passada falei The Newsroom, série política que mistura jornalismo e assuntos contemporâneos e relevantes. Fato é que política pode ser engraçada. Um exemplo disso é o seriado Veep, que mostra os bastidores da Vice-Presidente eleita dos Estados Unidos, Selina Meyer. Motivo de chacota por toda Washington, ela é hilária, inútil e uma exímia política. Apesar de ser engraçada, a sátira também critica e alfineta de forma escrachada o governo americano e suas práticas. Estrelado pela cômica Julia Louis-Dreyfus, a primeira temporada foi exibida no canal fechado HBO entre abril e junho deste ano e conteve oito episódios de 30 minutos. A sátira política foi renovada para uma nova temporada.

Outra série televisiva de impacto é Commander In Chief. Estrelada por Geena Davis, o seriado conta a história da vice-presidente Mackenzie Allen que, após o presidente Teddy Bridges morrer, ocupa o cargo de pessoa mais poderosa do mundo. Sério, o drama também oferece críticas sutis aos políticos norte-americanos. O lobby, o jogo político está em evidência durante o show inteiro, bem como os problemas pessoais do gabinete da presidência bem como da primeira família dos Estados Unidos. A série teve apenas uma temporada (2005-2006) de 18 episódios com 45 minutos de duração. O drama foi ao ar no canal aberto ABC e manteve a liderança de audiência durante o horário nobre das terças-feiras. Mas a série foi derrubada pela concorrência e não foi renovada para uma segunda temporada. O American Idol, da Fox, ganhou mais audiência quando House estreou na sequência e quando Criminal Minds, da CBS, estreou no mesmo horário, dividindo e roubando a audiência da ABC.

Poderíamos ficar horas citando séries políticas. Uma mais duradoura, The West Wing, da NBC, durou sete temporadas e foi um sucesso. Uma minissérie nacional – que em minha opinião poderia e deveria virar um seriado –, O Brado Retumbante, da Rede Globo, teve enredo semelhante à Commander In Chief, misturando elementos de The West Wing. A minissérie ficou no ar entre 17 e 27 de janeiro deste ano, e contou com oito episódios de 40 minutos aproximadamente. Fato é que as emissoras brasileiras deveriam investir nesse formato, para que a população se torne crítica, vote conscientemente e entenda como funciona a engrenagem republicana.


Por Gabriel Johnson (@80cao)

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