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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Crítica | O Impossível


O desastre natural que impactou o mundo em 2004 ganhou uma versão cinematográfica que cumpre a promessa de relembrar o mundo o sofrimento daqueles que lá estavam através da história da família Bennett (nome adaptado para o cinema).

A história baseada em fatos reais mostra o sofrimento da família para se reencontrar e para vencer o medo e a morte. Maria, Henri e seus três filhos, Lucas (15 anos), Tomas (7 anos) e Simon (5 anos) foram passar as férias na Tailândia mas não esperavam que o descanso fosse ser interrompido por uma devastadora onda gigante.

Os detalhes do filme são impressionantes, desde o som assustador que antecede a tragédia, como inúmeras vezes é descrito por aqueles que sobreviveram, até a superlotação dos hospitais e sua desorganização. A fantástica atuação do trio mirim, que deixa a dos veteranos no bolso, é a cereja do bolo para a perfeição de um filme dramático, uma combinação invejavelmente clichê e emocionantemente envolvedora.

Além dos detalhes mais salientes, temos as ótimas cenas de inundação, feitas com grandes recursos cinematográficos de sobreposição de imagens (como pode ser visto aqui) resultando em altos níveis de realismo e agonia. Podemos sentir o drama vivido pelos que estavam no local onde ocorreu o tsunami, obviamente que em doses muito menores, mas mesmo assim suficientes para transferir a quem assiste os sentimentos mais próximos da realidade.

Este filme de direção mediana liderada por J.A. Bayona (O Orfanato) e trilha sonora irrelevante, ainda possui um grande ponto negativo, a atuação de Ewan McGregor. O ator, que há certo tempo vem realizando um trabalho medíocre no cinema, não se esforça para acompanhar o ambiente proporcionado pelo filme e é humilhado pelas incríveis atuações das crianças e, surpreendentemente, de Naomi Watts. Henry é o único personagem por quem não fazemos questão de dividir sentimentos diante de sua inexpressividade.

Portanto, prepare seu lenço ao assistir este filme, reviva um dos momentos mais dramáticos dentre as tragédias naturais do século XXI, apenas ignore o trabalho de Ewan McGregor (o que não será tão difícil) e se solidarize com a história real da família Belón.

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