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domingo, 20 de janeiro de 2013

Crítica | Valente


E mais uma vez a Pixar acerta e desperta fortes emoções até mesmo nos ogros e ogras de plantão. Merida é uma princesa, mas uma princesa diferente das que a Disney está acostumada a nos apresentar, ela não tem postura, não liga para os bons modos e costumes e ainda por cima vive com um arco e flechas pra cima e para baixo. Um absurdo! E sua relação familiar também não nada é tradicional, ela não é órfã e possui três irmãos  carinhosos, na medida do possível, e no entanto tudo que deseja é não ser filha da Rainha e muito menos ser princesa.

A rainha Elinor tenta a todo o custo transformar Merida em uma princesa tradicional principalmente para apresentá-la aos seus futuros pretendentes, que deverão disputar a sua mão em jogos, porém Merida acaba fugindo da disputa e no caminho acaba encontrando uma velha bruxa que lhe concede um desejo. A princesinha sem exitar pede a bruxa para que sua mãe mude e a feiticeira lhe entrega um pedaço de bolo que deverá ser comido pela mãe e somente por ela. Voltando ao castelo, a princesinha dá a mãe o pedaço do bolo e surpreendentemente a rainha se transforma em uma desastrada ursa, mas o problema não termina por aí, o rei é conhecido por ter enfrentando o mais perverso urso do reino e desde o último ataque o procura para vingar a perna perdida na batalha. A rainha ursa Elinor encontra-se em sérios apuros e somente Merida poderá ajudá-la.

Dirigido por Mark Andrews e com vozes de Emma Thompson e Julie Andrews, Valente dá um show de valorização de amizade e sentimentos familiares, pontos guiados por um roteiro muito bem escrito por Brenda Chapman e Irene Mecchi, uma verdadeira lição em um filme cheio de cores e embalado por um ótima trilha sonora (parabéns Patrick Doyle).

Além da temática principal, outros aspectos, que até então eram esquecidos pela Disney devido a supervalorização da necessidade de ter um personagem carente de atenção e dedicado às minorias comuns aos temas, foram trazidos nesta nova animação, aspectos como a rejeição familiar e a importância de ser ouvido e respeitado (um dos maiores dilemas adolescentes do século).

Enfim, Valente é um jogo de sentimentos recheado de lições óbvias mas que ao mesmo tempo vieram perdendo espaço nas relações familiares. Portanto curta esta história que será considerada por muitos como clichê quando analisadas superficialmente, mas permita-se sentir e desfrutar da mais profunda e pura relação sentimental, a relação entre mãe e filho.

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