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domingo, 17 de março de 2013

As fugitivas

Não sei o que vocês acham, mas Joan Jett é, para mim, a rainha do rock ‘n roll. Parte de sua história foi contada no filme independente “The Runaways”, de 2010. A banda só de adolescentes mulheres dos anos 70, The Runaways, encarou sucesso comercial absoluto em pouco tempo e foi tendência no mundo inteiro. Em tempos em que os homens dominavam e as mulheres não eram consideradas partes atuantes da sociedade, a banda veio quebrar tabus das maneiras mais radicais que o rock pode oferecer.

Detonando, Joan Jett, Cherie Currie, Sandy West, Lita Ford e Jackie Fox, destruíram o mundo machista. Com músicas ousadas e agressivas, dominaram a essência do rock e trouxeram para o mundo das mulheres. A história inteira, da formação até a queda, é mostrada na produção de 2010.

Para os fãs, assim como eu, a peça se supera. Ver a história dos seus ídolos sendo contada para todos os demais é um sentimento de realização absurdo. E se for encenado com paixão, destreza e de forma fiel, melhor ainda. Lembra-se da criticada (inclusive por mim) Kristen Steward? Sim, a de crepúsculo. Ela conseguiu – não sei como – tirar o olhar de peixe morto do rosto e encarar a rainha Joan Jett no filme de um jeito fenomenal. Foi um dos poucos papeis em que vi-la brilhar, que me agradou.

As semelhanças com a contracenada é de arrepiar-se. O mesmo acontece com Dakota Fanning – sim, minha gente, a loirinha cresceu! –, que faz a problemática Cherie Currie, dona da inspiração para o fenômeno “Cherry Bomb”. Os demais coadjuvantes só estão lá para completar a história: o brilho é delas. Tanto na banda, quanto na película.

Dramas familiares, drogas, sexo, lesbianismo e rock and roll são elementos contidos na trama envolvente e lógico, com a melhor trilha sonora de todas. O filme foi inspirado do livro “Neon Angel: A Memoir of a Runway”, escrito pela vocalista principal, Cherie Currie, que após se recuperar do vício das drogas e ficar afastada do show business, é uma escultora de madeira que usa serra elétrica em suas obras.

Por fim: para conhecer o mundo dos anos 1970, é obrigatório passar pela quebra de costumes e de ideologias iniciada por The Runaways. E para conhecer a história da banda, o filme é impecável. E pra quem quer conhecer música de qualidade, fica a dica também.

Por Gabriel Johnson (@80cao)

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