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quarta-feira, 10 de abril de 2013
Critica | Anna Karenina (2012)
Anna Karenina não nasceu filme, nasceu livro, porém não um livro qualquer e sim, uma publicação assinada por Tolstói. As adaptações desta obra para o cinema não foram poucas, cinco se formos especificar e contar com a mais recente e sempre contaram com grandes atrizes: Greta Garbo (1935), Vivian Leigh (1948), Jacqueline Bisset (1985 - versão feita para a televisão) e Sophie Marceau (1997).
Para aqueles que desconhecem o enredo, informo que a história de Anna Karenina é uma trama de ousadias, quebra de paradigmas e personalidades fortes, qualidades que foram muito bem proporcionadas pelas atrizes que citei e exatamente o oposto ao que Keira Knightley conseguiu reproduzir na versão que concorreu ao Oscar este ano.
A versão de 2012 é dominada por audacioso figurino, que por sua vez transparece a moda predominante no período em que o filme é adaptado, resultando de forma nada surpreende em prêmios, dentre eles o de Melhor Figurino na 85º Cerimônia de entrega dos Academy Awards. Em contrapeso, o clima teatral proposto neste filme, de forma muito errônea diga-se de passagem, transmite apenas confusão visual e o objetivo se perde nesta tentativa de resgatar o classicismo exigido no romance russo.
O Karenin, vivido por Jude Law, é a grande esperança e revelação do filme. Deixe-me explicar: O ator, de forma muito positiva, torna o personagem literário de pouca autonomia e personalidade em um grande político amarrado aos dogmas propostos pela alta sociedade russa, uma ótima atuação, sem sombra de dúvidas e que inverte os papéis e os carismas.
Keira Knightley, como já mencionei, faz uma atuação medíocre (nada diferente do que vem fazendo há anos), resultando em um evidente desencaixe da própria atriz e seu papel realizado com a proposta original de Tolstói. Uma completa gafe cinematográfica e um insulto literário.
Completando o triângulo, temos Aaron Johnson no papel de Conde Vronsky, um jovem muito rico que usa a sua beleza e charme para tirar dos trilhos Anna Karenina, e apesar do já provado talento, o ator se deixou levar pelo clima de deficiência e acabou realizando um trabalho ao nível de seu par.
Por fim há de se mencionar as atuações medianas dos atores secundários, o que muito se deve ao roteiro atrapalhado e à teimosia da utilização dos cenários teatrais, e a decepcionante direção de Joe Wright, que dirigiu Desejo e Reparação com a fantástica Keira Knightley, conhecem? Em fim, Anna Karenina, apesar dos erros, não deixa de ser uma história comovente e clássica, afinal a essência da sua história está lá (meio escondida, mas está) acompanhada pelo maravilhoso figurino e a atuação "pau para toda a obra" de Jude Law.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
O Solista

Nunca senti tantas emoções diferentes ao assistir um filme. “O Solista”, dirigido por Joe Wright ("desejo e reparação" e "orgulho e preconceito"), é uma história verídica contada pelo jornalista Steve Lopez, do jornal L.A TIMES, onde relata o talento musical de Nathaniel Ayers.
Nathaniel desde criança começou a se dedicar a musica, primeiramente ao cello, quando atingiu a fase adulta, Nathaniel mudou de cidade para cursar a escola de música Juilliard, porém começou a ouvir vozes. Era o início da esquizofrenia de mais um gênio. Após isso, começou a viver nas ruas e a tocar violino, então é aí que conhece Steve.
O jornalista passa a tentar ajudar o rapaz, porém percebe indícios de relutância, o que faz com que aos poucos vá aprendendo a como lidar com Nathaniel. Então Steve intrigado e emocionado começa a escrever no jornal sobre o músico, recebe um prêmio pela coluna, Nathaniel ganha um cello de uma senhora que não pode mais tocar devido a problemas de saúde e o músico recebe um convite para tocar no Disney Hall.
No dia da apresentação, Nathaniel tem uma crise e foge, deixando Steve completamente preocupado, quando o encontra Steve pede que Nathaniel assine alguns papéis, porém quando este lê, vê nos papéis que Steve o considera esquizofrênico, então tem outra crise e agride Steve. Steve não desiste. Alguns dias depois, a irmã de Nathaniel vai até L.A para reencontrar o irmão. Eles conversam e Nathaniel pede desculpas a Steve.
Ta, eu contei muitos detalhes, mas o filme merece. É realmente muito bom! Jamie Foxx (Nathaniel Ayers) convence o público nas suas crises psicóticas e intensas, fazendo com que todo o foco do filme seja voltado a ele e a ninguém mais.
Nunca considerei Robert Downey Jr (Steve Lopez) um excelente ator, ele é razoavelmente bom e por mais que tenha algumas cenas engraçadas (o personagem é meio atrapalhado) e outras de tensão e estresse, Robert Downey Jr. não consegue se sobrepor ao talento de Jamie Foxx.
O roteiro do filme e a direção são normais, nada de extraordinário. A figuração é no mínimo fantástica, extremamente convincente, assim como Jamie Foxx.
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